Ação teve como foco a expulsão de integrantes de facção criminosa do recém inaugurado condomínio Minha Casa Minha Vida

 

Agentes públicos de diversos setores da Prefeitura de Barra Mansa participaram na manhã desta segunda-feira, 08, do suporte a operação realizada por policiais civis da 90ª DP, no recém inaugurado condomínio Minha Casa Minha Vida, localizado no bairro Paraíso de Cima, na Região Leste.  A ação teve como objetivo expulsar uma facção criminosa das unidades habitacionais invadidas e que, segundo o delegado titular do município, Ronaldo Aparecido, é supostamente comandada pelo traficante Pabrício Fernandes Alves, vulgo “Bito”, preso em Bangu.

Denominada de Paraíso de Cima 2021, a operação reuniu 60 policiais de diversas delegacias, além de Policiais Militares, 25 Guardas Municipais, além de integrantes das seguintes secretarias: Subprefeitura da Região Leste, Manutenção Urbana, Habitação e Interesses Sociais, Assistência Social e Direitos Humanos, Procuradoria Geral do município e Saae-BM. Também foram utilizados na ação 30 viaturas, um caminhão e um ônibus.

Segundo o delegado Ronaldo Aparecido, a operação teve caráter emergencial, em função do crescente número de vítimas registrado nos últimos dias. “Nosso intuito é resgatar a dignidade dos moradores que foram expulsos de suas casas por traficantes, que estão tentando implementar um sistema semelhante ao ocorrido no bairro Roma, em Volta Redonda, inclusive com a ostentação de armas de fogo. Mas, não conseguirão. Vamos permanecer aqui o tempo que for necessário. Se preciso, ficaremos o ano todo. A Prefeitura, o Governo do Estado, as Polícias Civil e Militar, assim como a Guarda Municipal, estão a serviço da população. O tráfico não vai se estabelecer”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, a operação resultou na condução de cerca de 60 pessoas para o Parque da Cidade, a fim de que a 90ª DP possa realizar os procedimentos pertinentes. “Três delas foram autuadas em fragrante por associação ao tráfico de drogas. As demais serão ouvidas e investigadas já que pesa contra elas a acusação de esbulho (usurpação do imóvel) e associação ao tráfico de entorpecentes.

Os imóveis do Minha Casa Minha Vida foram entregues às famílias no dia 18 de dezembro de 2020 e segundo informações da Polícia Civil teriam sido tomados das famílias por  traficantes ligados ao Comando Vermelho com a finalidade de manter o controle visual de todas as ruas de acesso ao bairro. As unidades estavam sendo utilizadas para endolação, armazenamento de drogas e armas, a mando do suposto chefe local do tráfico, preso no sistema prisional do Rio de Janeiro.

Durante a ação, a Subprefeitura auxiliou na retirada de mobiliários e eletrodomésticos das unidades invadidas e na pichação das paredes.

O comandante da Guarda Municipal, Paulo Sérgio Valente, afirmou que uma viatura da corporação será mantida no local em apoio as demais forças de segurança com a finalidade de manter a integridade física dos moradores e fazer valer o cumprimento da lei.

O secretário de Habitação e Interesses Sociais, Alberto Almeida Carneiro, ressaltou que o órgão está agindo na defesa das famílias que foram contempladas com os imóveis do Minha Casa Minha Vida. “É uma questão social. Essas pessoas enfrentaram dias de chuva e de sol, cumpriram as exigências do programa para terem acesso à casa própria. Nós, da Secretaria e da Prefeitura, vamos defender o direito dessas famílias”.