Ação teve o objetivo de avaliar a segurança do entorno, onde passarela de acesso a casas da Rua Ernesto Duarte desabou devido às chuvas

 

A Secretaria de Ordem Pública de Barra Mansa e equipes da Defesa Civil Municipal e Estadual acompanharam uma vistoria realizada na tarde deste sábado, dia 08, pelo Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM) a uma encosta do bairro Vila Coringa. O objetivo da ação foi avaliar as condições da área onde uma passarela (particular) desabou na última quinta-feira, na Rua Ernesto Duarte da Silveira, devido às chuvas que atingem a cidade há 20 dias.

Além da estrutura, há fator para o desmoronamento de casas, que já foram interditadas. O governo municipal disponibilizou aluguel social para as famílias desde antes do incidente. A passarela está interditada há mais de um mês.

De acordo com a geóloga do DRM, Joana de Oliveira Ramalho, a avaliação verificou se, além das chuvas, há outro fator para a queda da encosta.

“O risco remanescente existe para duas residências, três postes de abastecimento elétrico, além da perda total do acesso. Essas famílias correm o risco de ficarem isoladas, o que dificultaria até o socorro a elas, principalmente se algo ocorrer durante a madrugada. Vamos trabalhar nesse relatório para dar esse subsídio técnico para a Defesa Civil local”, explicou Joana.

A geóloga também destacou o fato de todos os moradores já terem sido notificados sobre as condições da área. “Nós tivemos aqui há pouco mais de um mês e estamos, junto com a Defesa Civil, acompanhando essa situação de perto. Os moradores estão no campo da negação, muitos não estão entendendo o risco que estão correndo, mas o papel do poder público é fazer com que eles entendam o perigo. Precisamos persistir na conversa e na orientação para que eles aceitem essa remoção”, destacou a técnica.

Orientações reforçadas

O presidente do DRM, Luiz Claudio Almeida Magalhães, conversou com moradores e reforçou as orientações já passadas pela Defesa Civil do município.

“A conversa que eu tive com os moradores foi no sentido de explicar a situação e os trâmites. Nossa geóloga avaliou a área e vamos emitir um laudo técnico geológico. Nós já verificamos que os moradores não querem sair do local e afirmam que querem realizar o serviço de reconstrução da passarela. Eu orientei que eles precisam estar alinhados com a prefeitura, principalmente com acompanhamento técnico. Inicialmente o que podemos afirmar é que não é o momento de mexer, é preciso esperar esse solo secar”, explicou.

De acordo com o secretário municipal de Ordem Pública, Capitão Daniel Abreu, disse que aguardará o laudo para que o governo municipal possa agir com dados técnicos e com segurança.

“Os técnicos do DRM fizeram a análise e agora vamos aguardar o laudo informando o que foi verificado e se há possibilidade de movimentação do solo e o risco iminente de um desabamento e de uma possível movimentação de terra que coloque em risco a vida dos moradores dessa localidade”, disse.

 

 

Defesa Civil segue monitorando as áreas do município

 

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Barra Mansa, João Vitor da Silva Ramos, a localidade da Vila Coringa está sendo acompanhada há mais de um mês, quando os problemas iniciais devido às chuvas começaram.

“Nós já interditamos todos os imóveis dessa área e encaminhamos para a Secretaria de Assistência Social, que foi assistir essas famílias afetadas. Parte dos moradores aceitou e vão sair. Outros se recusaram e assinaram um termo de responsabilidade. Mas nós, da Defesa Civil, seguimos monitorando qualquer pedido de apoio ou ajuda. Nossas equipes podem ser acionadas através do telefone 199.”, destacou João, acrescentando que também aguarda o laudo da avaliação do DRM para novos procedimentos necessários.

Chuvas nos próximos dias

O coordenador da Defesa Civil alertou ainda que há previsão de mais chuvas para a cidade e que todos os pontos preocupantes seguem sendo monitorados.

“Nós temos expectativa de chuva até a próxima sexta-feira, dia 14. Estamos com o nível do Rio Paraíba um pouco alto, mas dentro da segurança. Nós recebemos um alerta de que a vazão de Furnas neste sábado está em 413m³ por segundo e a vazão do rio está em 586m³ por segundo. Para o transbordo na área próxima ao Fórum, por exemplo, a medida deve estar em torno de 886m³, então ainda temos 300m³ de fluidez do rio. O que pode ocasionar é, devido ao nível alto, os outros rios diminuírem a velocidade e começarem a extrapolar o limite de segurança”, explicou João Vitor.

A Defesa Civil segue monitorando áreas de risco da cidade e os níveis dos rios que cortam o município: Barra Mansa, Bananal e Paraíba do Sul.

 

Saae já retirou 200 toneladas de lama das ruas e pede que população descarte corretamente o lixo

 

De acordo com o coordenador de Resíduos Sólidos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Barra Mansa, Jackson Rabello, desde a última segunda-feira, 03, a autarquia segue realizando a retirada de lama de diversas ruas da cidade.

“Nossa equipe está trabalhando sem parar, neste sábado, dia 08. Estamos com pessoal atuando na retirada de lama na Rua Bernardo Manoel da Silva, no Jardim Primavera; na Rua José Henrique Batista, no Roselândia II; e nos bairros São Pedro e Jardim Marilu. Já ultrapassamos 200 toneladas de lama retiradas nesta semana e neste domingo, dia 09, nosso trabalho segue por toda a cidade”, disse, solicitando para a população que evite descartar lixo nas ruas.

“As pessoas devem colocar o lixo para coleta apenas nos dias e horários programados. Também é importante que não joguem entulho nas ruas e calçadas. Dessa forma, conseguimos evitar que esses materiais cheguem às tubulações do sistema de drenagem, evitando alagamentos que podem invadir residências e causar diversos transtornos. Pedimos que todos façam a sua parte e colaborem com a limpeza urbana”, disse Jackson.