Há sete dias o Clube Municipal se tornou em dormitório com capacidade para receber até 30 pessoas por noite

Sessenta e seis. Esse é o número de moradores em situação de rua cadastrados no Centro Pop, de Barra Mansa. Visando melhorar a qualidade desse público, a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, adequou no Centro Cultural Municipal, o ‘Abrigo temporário de inverno’. O espaço, que tem capacidade para receber até 30 pessoas por noite, conta com aproximadamente 20 abrigados. Pensando em avaliar a iniciativa, nesta primeira semana de ação, uma reunião entre a Pasta e a Guarda Municipal foi realizada na manhã desta quarta-feira (17), na sede da Assistência Social.

Estiveram presente no encontro a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Barra Mansa, Ruth Coutinho, o Comandante da Guarda Municipal, Joel Valcir e o subcomandante, Valente, o coordenador do Centro Pop, José Roberto Machado de Souza, a coordenadora da Proteção Especial Edilene Oliveira, e a assistente social do órgão Cátia Batista.

De acordo com a secretária Assistência Social, Ruth Coutinho, a Ruthinha, o objetivo da iniciativa foi favorecer essas pessoas durante o período de inverno. “Buscamos apropriar um local seguro e protegido para que pudéssemos abrigar essas pessoas. A direção do Clube entrou em contato conosco manifestando a intenção de ceder o espaço. E nesse momento, foi a melhor opção que encontramos até conseguirmos um abrigo em caráter permanente”, informou Rutinha.

O comandante da Guarda Municipal, Joel Valcir, explicou que a condição da população de rua é um problema da sociedade em geral. E essa situação tem tido um crescimento notório em todo o país. “A sociedade precisa entender que eles também são cidadãos e, assim como qualquer outro, tem seus direitos e deveres garantidos. Nós não vamos acabar com a população de rua em Barra Mansa, mas essa iniciativa vai minimizar as condições subumanas em que vivem”, expressou o comandante.

Para o coordenador do Centro Pop, José Roberto Machado de Souza, a medida torna o município mais equilibrado e a ação é um ato de humanização. “Muitas vezes nós, por termos um local apropriado para passar as noites, não imaginamos como é sentir frio nas ruas. A sensação do completo abandono é muito cruel. Nosso trabalho envolve a abordagem e o encaminhamento para o espaço. Mas é necessária a vontade de cada um, só podemos levar para o abrigo aqueles que aceitam. O serviço tem sido positivo. Tanto eles, quanto a sociedade agradecem”, concluiu.

O funcionamento do abrigo é de domingo à segunda-feira, das 19 às 07 horas. O espaço conta, diariamente, com a presença da Guarda Municipal e o acompanhamento de dois técnicos em assistência social. Com o apoio da sociedade civil e religiosa, são servidas duas refeições, à noite um jantar e pela manhã, um café reforçado.